20/11/2014

Viagem à Europa - parte 9 - Bratislava, Eslováquia

Quando eu era criança e durante metade da minha adolescência existia um país na Europa chamado Tchecoslováquia. Em 1993, esse país se dividiu em dois: A República Tcheca e a Eslováquia. A separação foi feita de forma pacífica e é chamada de "separação de veludo" por conta disso. Conversamos tanto com tchecos quanto com slovacos sobre a separação e, aparentemente, ninguém é ressentido.

Mas eu, assim como meu pai, tenho dificuldades em lembrar que são dois países, com dois nomes. E eu acabei passando por extremamente mal educada porque sempre repetia: tchecoslováquia... tchecoslováquia....

Nossa estada foi bem curta. Chegamos de manhã num Hostel que fica próximo ao centro, passamos o dia explorando a cidade e no dia seguinte de manhã partimos para Cesky Krumlov, na parte tcheca da Tchecoslováquia... :P

Dentro da estação de trem, ainda na Hungria

Nossa passagem

Essa viagem de trem, ao contrário da anterior, fez sentido

Grassalkovich Palace, residência do presidente e onde rola troca da guarda

Entrada da cidade antiga

Old Town hall

Cidade antiga. Queríamos fazer um passeio com o tour gratuito,
mas a guia apareceu lá só para avisar que estava doente.
As pessoas não acreditavam, achavam que era brincadeira, daí eu e Mari ficamos lá um tempo
para ajudar ela a convencer os outros turistas do seu estado de saúde.

Curiosidades: Fre wi-fi em bancos de praça. No guia turistico gratuito eles agradecem aos
Hipsters por terem melhorado a cidade ao criar cafés e bares "bacanas" e ensinar que é chique andar de bicicleta.
Sério.

Eu tava de mau humor nesse dia. Daí tomei esse café desse moço e plim! Meu bom humor voltou.
Voltei e disse pra ele que ele e seu café haviam feito toda a diferença no meu dia.

Eu gosto de estátuas

Principlamente se posso interagir com elas

Essa estátua é baseada numa lenda de um trabalhador do sistema de esgoto da cidade
que passava seus dias olhando por baixo das saias da mulheres ao invés de trabalhar.

Daí eu interagi assim com ele!
No guia explicam que construiram esse restaurante em cima dessa ponte
para parecer um disco voador atacando a cidade.
Cara, achei que parece mesmo.

Igreja... mais uma

Vista de cima do Castelo

Ao fundo uma fazenda de catavento

Nós e o disco voador



Claro que encerramos o dia em uma micro-cervejaria





12/11/2014

Viagem à Europa - parte 8 - Budapeste, Hungria


Finalmente chegamos à Budapeste.

Pra falar a verdade eu não tinha nenhuma expectativa. Nenhuma mesmo. Não li o livro do Chico Buarque (ta, agora vou ler), não sabia nada sobre o lugar. Ignorantona mesmo. Daí, logo de chegada, saímos da estação de metrô de frente para o parlamento... E a partir daí foi só encantamento.



Na saía do metrô essa foi a vista.

Havíamos alugado um outro apartamento pelo Airbnb. Quando chegamos, o moço que nos alugou nos recebeu pedindo desculpa. É que o prédio onde ficava o apartamento era um prédio histórico onde havia morado um dos maiores compositores húngaros - Bela Bartok - e todo ano, naquela data, um coral cantava, por dois dias seguidos, as composições dele no Lobby do prédio, então haveria um pouco de barulho entre as 7 e as 9 da noite. Claro que ficamos felicíssimas.

A gente assistiu de galeria

Depois do concerto, fomos ao mercado comprar alguma coisa para comer. Eu fiquei absolutamente perdida pois, vou te contar, húngaro é mais indecifrável que croata. Tipo, muito mais. Então um senhor me viu ali perdida, tentando entender se o que eu tinha na mão era um litro de leite. Ele perguntou se estávamos falando português e ele mesmo falava. Havia ido ao Brasil anos antes e queria praticar. Me ajudou a fazer as compras todas, a entender o dinheiro e tudo o mais. Na saída perguntou onde estávamos hospedadas. Não é que ele morava no mesmo prédio? Quando voltamos os concertistas estavam comendo queijos e vinhos e este senhor nos convidou a nos juntarmos a eles. Os vizinhos e os músicos eram todos muito muito fofos.


No dia seguinte fomos conhecer o Castelo, que ficava a exatos
10 minutos de onde estávamos hospedadas.

Mapa do castelo

Stephen I, o primeiro rei da Hungria.
A galera gosta de S. Jorge por essas bandas


Assim que a gente chegou achamos o posto de informações turísticas - devo dizer muito bom. Conversando fomos convencidas a comprar o cartão da cidade. Esse cartão, que custa mais ou menos 20 dólares por 24 horas, ou 39 dólares para 3 dias, dá direito a entradas grátis para dois walking tuors pela cidade, transporte público, uma casa de banho, diversos museus e desconto em outras casas de banho, museus e restaurantes. Achamos que vale MUITO a pena.


 Havia um walking tuor as 14 horas ali mesmo no castelo. Tínhamos 1 hora para matar e resolvemos gastar indo conhecer o labirinto subterrâneo do castelo.

É tipo escuro. Essa parte é tipo, a mais clara.
Algumas placas explicativas tivemos que fotograr com flash,
pq não dava pra ler, simplesmente.
Não só é muito escuro, como eles colocam fumaça,
músicas medonhas e uma iluminação sinistra.
Eles gostam de uma parada sinistra. 

Esse labirinto foi uma prisão. Dentre os aprisionados ilustres, Conde Drácula. Isso mesmo, Conde Drácula ficou preso aqui. Nos disse a guia turistica que ele gostava de empalar ratinhos.





A "capa do conde"

Pra dar mais emoção, o labririnto tem partes bastante longas totalmente escuras. Você acha que eu e Mari fomos? Não. Não e não! Estávamos morrendo de medo. 


Pensei em ir tirando fotos com flash do caminho, mas a Mari não concordou.
Então ficou essa foto aí, da entrada da parte escura.

Achei esse video aqui que alguém fez lá. Obviamente quando essa pessoa foi tinha bastante gente por lá. Quando nós fomos tinha praticamente, só a gente.





 Depois corremos pro walking tuor. Foram duas horas de muita história, lendas e fatos interessantes. A guia era muito boa.

Estátua do rei Mathias.

A guia contou que há várias lendas sobre esse rei e que uma delas conta que ele foi caçar com "roupas civis" e conheceu uma moça que muito lhe agradou. Os dois se apaixonaram e ela o convidou para jantar em sua casa e conhecer sua familia. Em retribuição ele a convidou a ir à sua casa para um jantar, mas a moça não sabia que aquele era o rei. Ao chegar no castelo e o ver com seus trajes reais, a moça teria morrido instantaneamente de desgosto porque sabia que os dois jamais poderiam ficar juntos.

Igreja de S. Mathias.

D. Mari começou a tirar fotos de bueiros

Castelo à noite

Castelo à noite

Depois da visita ao castelo fomos conhecer a nossa primeira "termas", a St. Lukács Medicinal Baths and Swimming Pool. Foi muito bom, o banho turco, com massagens e água aquecida ao ar livre. Mas vou contar um pouco sobre a experiência porque é tudo muito difícil.

Primeiro você chega, no meio do nada, nesse lugar cheio de edifícios que mais parece um hospital público.

Depois você tem que achar a entrada certa, pagar o preço ou mostrar seu cartão da cidade (é incluida uma visita) e você ganha uma pulseira que mais parece um relógio de pulso e que serve para entrar nos lugares, abrir armários etc. Depois você acha o trocador, larga sua roupa e coloca um bikini. É bom levar toalha porque o aluguel de cada uma saiu por 5 dolares. Isso mesmo. 5 dolares. Entramos tarde e so tivemos 1 hora dentro, mas a entrada da direito a ficar o dia inteiro. Aviso: depois de ir numa dessas termas tudo o que você quer é cair na cama.

Nós não tiramos fotos, mas achei essa aqui na internet.

Budapeste estava muito divertido. Então resolvemos extender nossa estada por mais duas noites. Como não havia vaga no apartamento onde estávamos, alugamos outro, no lado Peste. Saímos de um apartamento luxo para um apartamento muito fofinho.

O melhor apto Airbnb que ficamos, na minha opinião.

De cima para baixo

Tínhamos ainda a possibilidade de fazer o 2o Walking Tuor, dessa vez do lado Peste. E fomos lá para mais 2 horas e meia de caminhada. Parte do passeio também é feita de metrô, que é super antigo e bem bacana.


Praça dos Heróis

Performace de danças típicas que me lembrou um monte o Rio Grande do Sul.

Nossa guia contando a história de cada um dos reis da Hungria


Monumento da libertação do Nazismo, que sofre vários protestos dos
judeus locais pois eles dizem que a Hungria abraçou o Nazismo.
Opera House
Disse a guia que durante o Imperio Austro Hungaro quando finalmente Vienna autorizou a contrução de uma ópera na cidade, ordenou que essa teria que ser menor que a ópera da capital, o que foi feito. Os húngaros dizem que construiram menor, mas muito mais bonita.


O Parlamento visto de Peste.
Ele é enorme porque foi construído quando a Hungria era muito maior do que é hoje.

Sábado à noite, resolvemos ir para a Balada.





De noite fomos conhecer os "Bares Ruínas"

Que são bares construidos em ruínas, literalmente. Fizemos um circuitão de bares.
Esse foi um dos favoritos

Eu me amarro em tirar fotos nos banheiros públicos
Eu e minhas placas.

Depois de rodar muito, exaustas, resolvemos voltar pra casa.
Ao chegar, fomos ver a hora: 11 da noite.
NOITADA FORTE!

 No dia seguinte, alugamos bicicletas. Super recomendo andar de bike, é cheio de ciclovia.

Eu e o Ronaldo


Peste me lembrou muito o centro do Rio.

Ponte ligando os dois lados

D. Mari andando de bike, mesmo que não possa

Monumento construído pela União Soviética celebrando a libertação do nazismo. Os poucos húngaros que conhecemos não gostam do socialismo e chamam o monumento de "o maior abridor de garrafas do mundo".

No final do dia fomos a mais uma Termas, dessa vez o famoso Gellert, que é mais caro e tem tanto piscinas indoors quanto outdoors - infelizmente a piscina de ondas estava fechada. Mas é mais turístico também, então menos assustador, pois parece menos labiríntico. Como é muito turístico, há vendedores de tudo que se possa imaginar: toalhas, bikinis, sandálias e tocas. Haviam nos dito que precisávamos de tocas para entrar, então compramos um par. Mas não é verdade, a toca é só para quem vai nadar na piscina olímpica (que é bem mais fria e não ficamos quase).

Novamente não tiramos fotos, mas achei essa na internet.

Recomendo muito ir na piscina a 40 graus e depois mergulhar num tanque com água a 18C. É tipo que nem tomar uma droga muito forte.


Tá bom, a Mari tirou uma foto. Esta. A foto de uma foto.

Obviamente morremos mais uma vez depois desse banho. E resolvemos ficar mais um dia na cidade. Pois é, gostamos muito muito de verdade, pra caramba.

Postes de luz foda pra caralho

Mercado municipal que parecia o de S. Paulo

Nós no Lions Bridge
Placa sensacional. Decifra-me ou devoro-te

Fomos embora já pensando que um dia iremos voltar.