Final de semana e a gente com aquele fogo que só passa se viajamos pra um lugar novo...
Semana passada estávamos entre ir para Cuba, Chicago,
1.000 Islands ou Detroit. Cuba era a favorita, mas teríamos pouco tempo por lá então não valia a pena, Chicago tava muito cara, principalmente por conta das passagens aéreas, 1.000 Islands dá pra fazer em qualquer final de semana, então decidimos por Detroit - que a gente sempre quis conhecer.
Detroit é uma cidade comumente associada à pobreza, crime, abandono, poluição, fábricas fechadas, desemprego e a casas que podem ser compradas
a preço de banana.
E a verdade é que essa fama mesmo é o que mais nos atraia. Cruzamos a fronteira para descobrir se a fama condiz com a realidade.
RELATO DE VIAGEM
1o DIA
Partimos na quinta de manhã. Pegamos um
ônibus que leva mais ou menos cinco horas de Toronto a Detroit e que foi a forma mais barata que vimos de viajar. Chegando na fronteira os guardinhas americanos fazem as perguntas de sempre... e mais algumas, acho que pra ver se eu estava mentindo. Depois de um pequeno interrogatório o guardinha, nesse momento já meu "colega", brincou comigo que eu, carioca, tinha ido morar em Toronto por conta da violência no Rio e agora ia passear em Detroit. Preventivamente me avisou que eu seria assaltada.
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Vista da rua da rodoviária |
Depois disso a chegada na rodoviária, que fica numa rua bem deserta, me deixou assustada e pegamos um taxi até o Hostel. DICA: negocie o preço da corrida antes E tenha trocado pra pagar, porque eles roubam MESMO.
Bom, chegamos no
Hostel Detroit, onde fomos super bem recebidas. O hostel fica numa casa que foi reformada com ajuda da comunidade. Dentro dela, se vê quatro apartamentos que foram unificados no hostel. Lá se pode encontrar vários quartos comunitários ou privados, 4 cozinhas, 4 banheiros, salas de estar, sala de computadores, sala de filmes... Depois do Checkin, fomos passear pelas ruas da cidade.
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O Hostel |
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Nosso quarto |
De cara, fiquei impressionada. As ruas ao redor do hostel eram vazias, casas espalhadas aqui e ali, gramados mal cuidados. Caminhamos pela estrada quase vazia de pedestres. Descemos a Michigan Avenue em direção ao centro e a "rua movimentada" nos parecia quase deserta, em plena quinta feira. Chegamos ao centro mortas de fome e comemos MUITO MAL no HI e de la fomos dar uma volta. Claro que exageramos. Andamos tanto que nossos pés doiam loucamente. Na volta pro Hostel, já tarde da noite, mal tivemos forças pra tomar banho antes de capotar.
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As ruas próximas no Hostel |
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Me senti muito nos EUA passando por esse viaduto |
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Vista do viaduto |
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Michigan Avenue |
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Por todo lado Hortas Urbanas |
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The Book Tower |
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Delicia passear por aqui. |
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E descansar nessas espreguiçadeiras |
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Prédio da GM é assustador. Por dentro e por fora. Coisa de Ficção Científica |
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O People Mover custa 75 centavos e é um ótimo jeito
de ver o centro da cidade de cima |
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De dentro do People Mover |
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Demos algumas voltas pra descansar as pernas |
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Greek Town |
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Lojinha no Greek Town |
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Em ruínas |
2o Dia
Resolvemos alugar duas bikes no Hostel. A cidade é incrivelmente boa de pedalar. Não que a infra para bicicletas seja lá essas coisas, ou porque os motoristas sejam bem educados, mas porque as ruas são super largas e os carros são poucos. Além disso a cidade é toda plana e a maior parte das coisas que queríamos fazer ficava a 15/20 minutos de bicicleta.
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Planejando o trajeto antes de sair do Hostel |
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Esse era o bairro onde estávamos |
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Casa abandonada |
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Lateral da Casa |
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Chegamos perto da Estação Central |
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Casinhas do Bairro |
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E uma fazendinha urbana |
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Mari num caso de amor e ódio com a bicicleta que freiava pedalando para tras. |
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De repente caiu uma chuva loca e fomos parar
nesse PUB ótimo chamado St. Cece |
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De lá pedalamos para o Museu da Motown que foi absolutamente emocionante.
Infelizmente o tour é MUITO rápido e caro, então faça o possível para ver tudo o mais rápido possível.
Infelizmente, eram proibidas fotos. |
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Mas lá dentro tem o estúdio original onde artistas como Marvin Gaye e Ray Charles gravavam.
Além da recepção fotos e mais fotos, filmes, roupas e adereços, dentre outras coisas. |
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Pedalando por ruínas achamos esse prédio.
Será que a palavra "piquete" de greve vêm daqui? |
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Resolvemos conferir o DIA, onde estava rolando uma exposicão do Diego Riviera e da Frida Khalo sobre o período em que passaram em Detroit, a convite dos Ford, para pintar um mural em homenagem à indústria automobilística. |
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Esse mural |
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Coisa mais incrível |
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Pra encerrar a noite fomos no Boliche mais antigo da cidade |
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No qual fiz minhas poses incríveis e paguei cofrinho |
3o DIA
Mesmo mortas, alugamos novamente as bikes pois queríamos explorar coisas longe do hostel.
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Planejando o dia |
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Aqui se vende de tudo um pouco, flores, verduras e legumes, plantas, carnes, antiguidades |
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Me impressionaram muito as flores |
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A Mari descobriu que as antiguidades são tão baratas
que vale a pena cruzar a fronteira só pra isso |
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Além disso ao redor há vários restaurantes.
Comi a melhor panqueca da minha vida em um deles |
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Eles têm vários tours |
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Nossa Guia
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Guardian Building hall |
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Uma praia no centro da cidade |
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O people mover de novo |
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Cenário de filme
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Almoço no Grand Trunk Pub, que fica onde
antigamente se vendiam bilhetes de trem |
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É lindo lá, mas não tiramos fotos. Alem da selfie, claro. |
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Um lugar lindo e cheio de grafites maravilhosas |
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Muito gostoso de pedalar por aqui |
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As obras são muito bacanas |
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House of Soul |
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Algumas bem macabras |
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Infelizmente Tyree Guyton, o artista, nos pareceu meio babaca. Preferia não ter conversado com ele. |
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Outro artista localizado na mesma rua: Tim Burke. Com ele conversamos muito e gostamos a beça |
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Ele faz Raw Art |
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Umas coisas bem bacanas, construidas com pedaços da cidade |
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Estávamos com fome e ele nos deu a dica de onde comer e beber cerveja boa. |
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Eles usam produtos locais. E também têm um jardim no telhado |
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Eles plantam flores comestíveis, tomates, algumas folhas e temperos. |
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Têm até uma green house! |
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E a cerveja mais gostosa da viagem. |
4o DIA
Estávamos mortas. Acordamos moídas e atrasadas. Era dia de Parada do Orgulho Gay e queríamos ver o desfile, que começava ao meio dia. Infelizmente não deu - tivemos que comer e deixar as mochilas no locker da rodoviária e acabamos chegando às12:45 e o desfile já estava totalmente disperso. Acho que é tão pequenininho que deve durar apenas uns 30 minutos. Então fomos apenas na festa. Mas primeiro, fomos conhecer
um estacionamento pra lá de luxuoso.
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No 10o andar uma boa vista da cidade |
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Daí começamos a descer e descobrir as obras de arte em todas as paredes |
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FInalmente a Pride |
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Com direito a show da Tina Turner |
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Esses Drag Kings com essa menina fizeram o maior sucesso |
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Ganhando uma grana |
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No meio das barraquinhas encontrei |
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Daí o tempo fechou |
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Fomos ver um filme nessa prédio horrível |
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Chove chuvaaaaa |
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Dentro do prédio parece Miami com esses coqueiros falsos |
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É isso. De lá fomos pra rodoviária e chegamos na segunda de manhã. Mortas e felizes. |
Pra terminar, um videozinho