INDO PRA CESKY KRUMLOV
Nosso roteiro de viagem incluia uma rápida passada por Vienna, mas, de manhã, mudamos de idéia. Nosso roteiro era longo, o tempo curto, e não queríamos correr alopradamente por uma capital sem ver nada na realidade - ainda mais num dia de muita chuva. Então, ainda no saguão do hostel decidimos ir diretamente para a República Tcheca - na parte tcheca da "Tchecoslováquia" :)
Não queríamos ir diretamente a Praga, pois já haviamos reservado um apartamento para o final de semana, então tínhamos algum tempo antes para explorar outras partes do país. Ficamos um tempo procurando um roteiro na internet, pois decidimos que o dia seria mais bem gasto como dia de deslocamento. Vou fazer propagando de um site agora: o
Rome2Rio. Esse site calcula rotas entre cidades em várias partes do mundo - inclusive dando rotas alternativas, tempo de deslocamento e custo de viagem - e foi como descobrimos como ir de um ponto a outro na Europa. Pelos tempos de viagem e custos, acabamos decidindo ir diretamente para
Cesky Krumlov, uma pequena cidade ao sul da Rep. Tcheca e que ganhou o título de patrimônio da Humanidade pela Unesco.
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Devia durar mais ou menos 3 horas, segundo o site Rome2Rio |
Depois da decisão, fomos buscar um lugar para ficar na cidade. Achamos uma pousada de preço mediano e quando ligamos para reservar eles nos ofereceram um serviço de transfer desde Vienna - o que acabou por simplificar nosso planejamento. Eles nos buscariam na estação de trem, no centro da cidade. Pegamos nosso trem na Bratislava e, 1 hora depois, já estávamos na capital da Austria, com bastante tempo até a hora que iriam nos buscar. So que quem disse que sabíamos nos deslocar de metro entre uma estação e outra? Acabamos perdidas e fomos resgatadas por uma moça que nos colocou dentro do trem certo - obrigada moça! Chegamos no ponto de encontro em cima da hora... mas o transfer atrasou. UMA HORA! Quando o moço chegou, ele nos contou que era seu primeiro dia fazendo aquele transporte, pediu desculpas, mandou uma piada machista e ligou o GPS... que o levou a entrar por caminhos malucos, passar por pequenas vilas rurais e dar mil voltas. A viagem que deveria ter durado 3 horas, demorou 4, mas chegamos, sãs e salvas, no nosso hotel no fim da tarde, junto com o fim da chuva.
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Saida da Bratislava |
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Sempre em frente |
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Foi isso que vimos, basicamente, em Vienna |
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Muita chuva |
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Perdidas pelos interiores da Áustria e Rep. Tcheca |
CHEGAMOS!
Sim, chegamos num quartinho massa, fomos super bem recebidas. Inclusive encontramos isso bem na porta!
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Uma vez Flamengo, sempre Flamengo |
O dono dá as chaves pra você e, de noite, vai embora, então você fica por sua própria conta. Depois de nos receber, se mandou. Nós tomamos um banho e fomos conhecer a cidade.
Eu não esperava nada de lá. Nada. Não tinha a menor ideia do que ia encontrar. D. Mari tinha apenas me mostrado fotos aéreas, dos telhadinhos das casas, tipo essa:
e eu não tenho tanto apreço por telhados, não entendi o barato do lugar até chegar lá.
No momento em que pisamos, me apaixonei - logo reservamos uma segunda noite no hotel.
O que eu amei da cidade?
1. A arquitetura é incrível indo da Idade média ao Renascimento. A cidade, fundada no séc. XIII, escapou das grandes guerras e é extremamente preservada. Andar pelas ruas é uma delicia.
2 - As pessoas são bastante amáveis.
3 - O Castelo, à beira do Rio, parece saído de um conto de fadas.
4 - Muitos, mas MUITOS mesmo, fantasmas
5 - Há um
Teatro Barroco do fim do Sec. XV que está com sua estrutura preservada (além dele há apenas mais um, em Estocolmo). O Teatro está sendo totalmente restaurado, seu maquinário funciona e, uma vez por ano, há apresentações abertas ao público, durante o
Festival de Arte Barroca que, claro, quero um dia ir.
6 - As placas. Já disse que durante essa viagem me encantei com placas em vias públicas? Pois então, essa cidade tem as melhores de todas.
7 - História. Das mais lindas às mais medonhas - contrate um guia ou faça o
passeio gratuito
8 - A neblina dramática que faz tudo parecer um conto de fadas
9 - As pontes e o rio que serpenteia
10 - A comida é muito boa
11 - O lugar é simplesmente encantador
Bom, falei demais. Aí vão as fotos.
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Descida pro centro antigo |
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Centrinho |
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Um artista local super premiado tem essas esculturas doidas |
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Ai meu fiofó! |
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Mari na paisagem fantasmagórica |
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Quando passamos debaixo desses arcos D. mari
jura que viu o fantasma de uma mulher passando |
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Quase não me deixou tirar essa foto |
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O rio serpenteante e a neblina que vinha e ia |
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A torre do castelo |
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Brasão dos... esqueci... mas o tema de corvo comendo o turco foi recorrente na viagem |
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O moço muito gente boa e muito sabido que guia o free tour |
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Afrescos |
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Efeito 3D nos prédios |
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Lembra do Fantasma que a Mari viu? O nome dela é Markéta Pichlerová
(que foi jogada por D. Julius Caesar d´Austria
atraves essa janela hoje fechada) |
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Ela era amante de D. Julius que, durante um ataque de fúria, a atacou com uma faca.
Acreditando que ela estava morta, jogou seu corpo pela janela. Mas ela ainda vivia e foi salva por uma árvore. |
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Quando soube que ela estava viva, ele a pediu de volta ao pai dela, que não concordou, pois temia pela vida da filha.
Para pressiona-lo D. Julius mandou que o prendessem e, enfim, a Markéta voltou para sua casa
- apenas para ser assassinada, a facadas, no dia seguinte. |
Então Dona Mariana tinha razão: havia um fantasma ali. A história completa pode ser encontrada
aqui, além de
várias histórias interessantes sobre a cidade. Segundo o site:
"
This tragic event was also recorded by Václav Březan: 'on the 18th of February, Julius, that awful tyrant and devil, bastard of the Emperor, did an incredibly terrible thing to his bed partner, the daughter of a barber, when he cut off her head and other parts of her body, and people had to put her into her coffin in single pieces.'"
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Apaixonamos |
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Esse teatro ao ar livro gira 360 graus e as peças aqui apresentadas,
usam os jardins do palácio de cenário |
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Modelo do Teatro Barroco |
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Entrada do Teatro Barroco. Pra quem estuda Teatro ou se interessa, é imperdível entrar aqui.
Você leva um choque com a beleza do lugar |
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Para entrar é necessário comprar um tour. Não é barato mas vale a pena. |
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Você tem acesso à casa de máquinas e a explicação de tudo é muito boa |
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Ninguém queria ir embora |
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Entrada do Teatro. A gente não dá nada. |
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Gostei muito do Museu |
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É uma mistura de museu com loja, já que tudo está a venda |
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São bonecos de todos os tipos |
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Impossível não se apaixonar |
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Amamos os envelopes |
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Coisa mais linda |
Então, na segunda noite, como reservamos em cima da hora, tiveram que nos mover para um quarto menor, no telhado. Era um quarto fofo, mas...
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Bota "menor" nisso |
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Tipo, pra tomar banho, só sentando. Nem D. Mari cabia em pé aqui. |
PLACAS
Nos apaixonamos loucamente pelas placas do lugar. Postei várias no meu feicebuk e meus amigos tentavam descobrir do que elas se tratavam.
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Amiga Livia: Siga, mas NÃO PODE ESCREVER, NÃO PODE BOLINHA, NÃO PODE CILINDRO DE ENCHER BICICLETA, NÃO PODE BOLOTA AZUL e todas as negações terminaram no dia 29/09 de 2014. Então pode tudo |
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Amiga Priscila: que placa super informativa!
Eu: Não pode deixar o lenço cair, Coleira, só vermelha, não pode deixar o lenço cair atrás do cachorro,
Tudo está sendo filmado, proibido dar flores ou encostar a bicicleta de ladinho |
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Eu: É proibido proibir
Amiga Mariana: "Stop: in the name of love" |
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Amiga Priscila: não se debruce sobre seu L
Amiga Livia: não pode rezar bêbado! não dá |
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Dona Mari: Essa placa é sobre violência doméstica?
Parece que ele ta dando socos nas costas da irmazinha! |
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Dona Mari: Não pode cachimbo com vela acesa.
Amiga Rosa: Gente que acontece com as placas por ai?! |
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Fim! da parte 10 da nossa viagem |